Suspeito de liderar esquema de fraudes "está disposto a colaborar", diz advogado
Os 8 presos da Operação Turn Off serão interrogados hoje, no Gaeco
Os advogados dos irmãos Sérgio Duarte Coutinho Junior e Lucas de Andrade Coutinho foram os primeiros a chegar na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) para o dia de depoimento dos presos na Operação Turn Off. Tiago Bunning, que representa Lucas, diz que o cliente “está disposto a colaborar”, mas não detalhou qual seria essa cooperação no caso.
Marcos Barbosa, que representa Sérgio Duarte, foi o primeiro a chegar, às 7h40. Os depoimentos estão previstos para começar às 8h e, segundo já divulgado, serão interrogados os oito presos na acusação, suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações das secretarias estaduais de Saúde e Educação.
Barbosa disse que não tinha como adiantar qualquer estratégia da defesa, alegando que teve acesso aos autos do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ontem e material ainda está sob análise. Também diz que não teve contato com o cliente. “Eu pretendo conversar com ele agora, antes do depoimento”. Somente depois do interrogatório deve ingressar com recurso para que cliente responda em liberdade.
Tiago Bunning chegou em seguida. A exemplo do colega, diz que não tem qualquer manifestação a fazer sobre o caso. Apenas disse que Lucas “está disposto a colaborar, a cooperar”. Em seguida, entrou na sede do Gaeco.
Os irmãos Coutinho, segundo investigação do Gaeco, em conjunto com o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), seriam os líderes do esquema que já desviou, pelo menos, R$ 68 milhões em recursos dos cofres estaduais. Eles são donos de empresas que concorreram e ganharam várias licitações abertas pelo governo estadual, especificamente, nas secretarias de Saúde e Educação.
De acordo com apuração, os Coutinho negociavam propina para obterem ajuda dos funcionários do governo e vantagem sobre os outros concorrentes. Sérgio Duarte é dono da Maiorca Soluções e, Lucas, da Comercial Isototal Ltda.
Na operação, desencadeada na quarta-feira (29), foram presas oito pessoas: além dos dois empresários, também estão detidos o ex-secretário-adjunto de Educação, Edio Antônio Resende de Castro, o assessor parlamentar, Thiago Haruo Mishima, o coordenador técnico da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Paulo Henrique Muleta Andrade, afastado do cargo, as ex-servidoras, exoneradas após a operação, Simone Ramires de Oliveira Castro e Andréa Cristina Souza Lima e o gerente financeiro de posto de combustíveis, Victor Leite de Andrade.
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