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Interior

Barão da droga, sul-mato-grossense é condenado a mais 10 anos de prisão

Jarvis Gimenes Pavão, que desde dezembro está no presídio federal de Mossoró, foi condenado junto com outras seis pessoas por distribuir cocaína na região de Caxias do Sul

Helio de Freitas, de Dourados | 22/05/2018 12:26
Jarvis Pavão no dia 28 de dezembro de 2017, quando era extraditado do Paraguai para o Brasil (Foto: Divulgação/PN)
Jarvis Pavão no dia 28 de dezembro de 2017, quando era extraditado do Paraguai para o Brasil (Foto: Divulgação/PN)

O narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, 50, foi condenado a mais 10 anos e 9 meses de prisão por tráfico de cocaína. A pena foi aplicada pelo juiz federal Rafael Farinatti Aymone, da 5ª Vara Federal de Caxias do Sul (RS), na ação penal instaurada após a Operação Coroa, desencadeada no ano passado.

Natural de Ponta Porã (MS), onde possui familiares, e dono fazendas e empresas em território paraguaio, Pavão é considerado um dos maiores fornecedores de cocaína trazida da Bolívia e do Peru para os grandes centros brasileiros, tendo o Paraguai como entreposto.

Jarvis Pavão está recolhido atualmente no Presídio Federal de Mossoró (RN), para onde foi levado no dia 28 de dezembro do ano passado após ser extraditado do Paraguai. Ele cumpriu oito anos de prisão em território paraguaio, onde tinha sido preso em 2009, em uma de suas fazendas perto da fronteira com Mato Grosso do Sul.

Investigações da polícia brasileira e do serviço de inteligência da polícia do Paraguai revelam que mesmo recolhido nos presídios paraguaios, Pavão continuou controlando a remessa de cocaína para o Brasil.

Armas, munição e coroa de ouro apreendidas pela PF no ano passado (Foto: Zero Hora)
Armas, munição e coroa de ouro apreendidas pela PF no ano passado (Foto: Zero Hora)

Condenação – A sentença contra Jarvis Pavão saiu no dia 18 deste mês. Ele e os outros seis envolvidos foram condenados por integrar o esquema de tráfico internacional de drogas que abastecia a Serra Gaúcha. A investigação da Polícia Federal durou seis meses e resultou na apreensão de 80 quilos de cocaína, 4,5 toneladas de maconha, carros de luxo, dinheiro, joias e armas.

A operação recebeu o nome de Coroa porque a polícia encontrou na casa de Maicon Caravalho Souza, no bairro Lourdes, em Caxias do Sul, uma coroa de ouro com pedras preciosas.

Além de Pavão, foi condenado Maicon Carvalho Souza, o Abacaxi, recolhido no presídio de Ponta Porã (MS). Ele pegou 13 anos, 2 meses e 22 dias por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de uso restrito.

Emerson Ronei Ojeda, o Bugrão, também recolhido no presídio de Ponta Porã, pegou 10 anos e 22 dias por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. Osmar André Gimenez Cano, o Don, outro que está recolhido em Ponta Porã, foi condenado a 10 anos e 22 dias por tráfico internacional e associação para o tráfico.

Michel Pacheco, o Hiena, recolhido na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, pegou 4 anos, 10 meses e 15 dias por associação para o tráfico. Evandro Bambil Vilhalba, também preso em Caxias do Sul, foi condenado a 6 anos, 2 meses e 20 dias por tráfico internacional de drogas.

Frederico Sanabria, o Gutis, também recolhido na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, pegou 9 anos, 8 meses e 2 dias por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico.

A investigação da PF descobriu que foram feitos nove carregamentos de cocaína do Paraguai para a Serra Gaúcha. Os carregamentos, de 80 a 100 quilos de drogas, seguiam em carros de passeio. A maconha e a cocaína saiam de Assunção, capital do Paraguai, seguiam para Ponta Porã e de lá chegavam à Serra Gaúcha.

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