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Capital

Homem matou para vingar assassinato de irmão, esquartejado na Capital

Pedro e a esposa, Priscila, foram esquartejados e incendiados em 2021; irmão matou rapaz por engano

Por Dayene Paz | 10/10/2024 18:31
Priscila e Pedro foram casados por 12 anos. Eles morreram em agosto de 2021. (Foto: Redes Sociais)
Priscila e Pedro foram casados por 12 anos. Eles morreram em agosto de 2021. (Foto: Redes Sociais)

A DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) chegou ao desfecho da investigação sobre o assassinato de Alexandre Leuvio Marcelino, de 28 anos, ocorrido no dia 19 de julho deste ano, em Campo Grande. O autor dos tiros, Paulo Bial Torres, 45 anos, agiu para vingar a morte do irmão, Pedro Vilha Alta Torres, 45, esquartejado e incendiado junto com a esposa, Priscila Gonçalves Alves, 38, em agosto de 2021.

Alexandre Leuvio foi confundido e morto por engano. Na época do crime, o Campo Grande News conversou com vizinhos de Alexandre, que ficaram em choque com o caso. "Um cara trabalhador, não tinha inimizades. Era do serviço para a casa e da casa para o serviço", disse uma vizinha sobre Leuvio.

Rua onde Alexandre foi baleado, no Bairro Vivendas do Parque. (Foto: Geniffer Valeriano)
Rua onde Alexandre foi baleado, no Bairro Vivendas do Parque. (Foto: Geniffer Valeriano)

No final do mês de agosto deste ano, Paulinho Metralha foi preso e a polícia, então, passou a fazer buscas pela pessoa que conduzia a moto no dia em que Leuvio foi assassinado. Se trata de Raquel Claudino da Silva, esposa de Metralha, que foi presa nesta quarta-feira (9) pela DHPP.

Paulinho Metralha e a esposa, em foto publicada no Facebook. (Foto: Redes sociais)
Paulinho Metralha e a esposa, em foto publicada no Facebook. (Foto: Redes sociais)

O crime - Pedro e Priscila foram mortos, esquartejados e queimados antes de serem deixados às margens da BR-262, no dia 16 de agosto de 2021, em Campo Grande. No dia 15 de janeiro de 2022, os responsáveis pelo crime foram presos por policiais civis em Ribas do Rio Pardo, cidade a 98 quilômetros da Capital.

A ideia dos autores era matar, "picotar" o corpo do casal e depois espalhar pela cidade, mas tudo isso daria muito trabalho, então, decidiram queimar as partes. A motivação seria vingança, sob acusação de que Pedro e Priscila furtaram a casa de um traficante.

O casal estava junto há 12 anos. Se casaram escondidos e tiveram duas filhas. Conforme apurado pela reportagem, o relacionamento foi marcado pelo vício em drogas e por prisões do homem. Pedro somava vários “pequenos crimes”, como ameaças, furtos, roubos, porte ilegal de arma. Tinha também uma condenação de sete anos e nove meses pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, consequência de processo de 1998.

Esse histórico de envolvimento dos dois com o tráfico de drogas, segundo o relato dos próprios parentes, os levaram a cometer pequenos furtos para manter o vício. Eles levavam eletrodomésticos da casa para comprar drogas e os crimes sempre acabavam em discussão. Em uma das brigas deles, Pedro ameaçou comprar uma arma e matar os irmãos da sogra, que chegou a procurar a polícia para denunciar.

Em 19 de setembro deste ano, Ana Carla Pereira e Alexandre de Oliveira Gimenes foram condenados pela morte do casal. A soma das sentenças chegou a 53 anos de prisão. A terceira acusada, Grasieli Felix Ferreira, foi absolvida das acusações mesmo após confessar a participação no crime.

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