Juiz revoga apreensão de veículos, mas mantém multa a médicos da Prefeitura
Magistrado manteve bloqueio de R$ 20 mil; Sindicato disse que vai recorrer de todas as decisões prejudiciais a categoria
Com o fim da greve dos médicos, o juiz José Eduardo Neder Meneghelli decidiu suspender a apreensão de três veículos do SinMed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) e a intimação do secretário de Saúde, Marcelo Vilela, para entregar o nomes dos profissionais que aderiram a paralisação. O magistrado manteve o bloqueio de R$ 20 mil e a multa de R$ 100 mil.
Na ação que a Prefeitura de Campo Grande move contra o SinMed, o juiz determinou que a categoria suspendesse a greve, mas o médicos não respeitaram a Justiça e ficaram parados em modo padrão de 26 a 29 de junho.
Neder mandou que fossem recolhidos os mandados de intimação do Executivo municipal, de buscas e apreensão dos carros do sindicato e intimação do secretário de Saúde.
Mesmo suspendendo algumas ações, o magistrado da 1º Vara de Fazenda Pública e de Registro Públicos manteve o aumento da multa de R$ 10 mil para R$ 100 mil aos médicos, por dia de greve, e o bloqueio de R$ 20 mil pelos dois primeiros dias parados.
O SinMed, através da assessoria de imprensa, disse que vai recorrer de todas as decisões que forem prejudiciais os órgão e ao presidente, Flávio Freitas Barbosa.
Contra proposta - O médicos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) rejeitaram a proposta da Prefeitura de Campo Grande em assembleia na noite desta segunda-feira (3) e hoje (4) vão encaminhar um novo pedido de reajuste para a administração municipal. O Executivo ofereceu reduzir os plantões e incorporar 50% das gratificações.
A negociação com os médicos começou em abril e ainda não houve um acordo entre a administração municipal e a categoria. Inicialmente os servidores pediram um aumento de 27,5%, levando em consideração que estão há três anos sem reajuste.
Durante a reunião de ontem o Executivo municipal apresentou como proposta salarial para os profissionais da saúde uma redução de "plantões desnecessários" e incorporação ao salário-base de 50% dos adicionais por responsabilidade técnica e desempenho médico.