Justiça decide que “Maníaco da Cruz” vai ficar em presídio da Capital
No fim do ano passado, juiz havia considerado a situação de Dyonathan Celestrino "irregular e ilegal"
A Justiça decidiu que Dyonathan Celestrino, mais conhecido como o “Maníaco da Cruz” permaneça na ala de saúde do Instituto Penal de Campo Grande.
No fim do ano passado, o juiz Caio Márcio de Britto, da 1ª Vara de Execução Penal havia considerado a situação do interno “irregular e ilegal” e pediu a transferência imediata dele.
O parecer e pedido do magistrado foram negados pela juíza de direito Cíntia Xavier Letteriello. Na decisão, Cíntia ressalta que “único juízo com competência absoluta para decidir pela transferência de Dyonathan seria o de sua interdição”.
Além disso, a magistrada rebateu sobre o parecer de que o interno estaria em situação irregular destacando considerações do Ministério Público de que “Dyonathan estaria em situação ‘irregular e ilegal’, por ser doente mental interditado e internado compulsoriamente junto ao juízo cível para tratamento psiquiátrico no Instituto Penal de Campo Grande, mas tal opinião, salvo melhor juízo, padece de respaldo em avaliação por expert”.
Neste contexto, e considerando, principalmente a ausência de local que comporte a internação de Dyonathan, a juíza decidiu que não há qualquer outra medida a ser tomada, que a de mantê-lo no estabelecimento onde se encontra. “Até que nova providência seja tomada pelo Estado, a manutenção do interditado naquela ala de saúde é a medida que melhor atende aos interesses de todos os envolvidos”, reforça.
Em 2008, o rapaz ficou nacionalmente conhecido por ter assassinado três pessoas em uma espécie de 'ritual macabro' e nos anos seguintes esteve envolvido em diversas confusões nas unidades penais que esteve.