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Capital

Ex-guarda volta a abraçar filhos 427 dias depois de vinda a MS para 1º júri

Preso em maio de 2019, acusado de integrar milícia dedicada à execuções está em presídio de Mossoró desde 2020

Por Anahi Zurutuza | 17/09/2024 12:01
Marcelo Rios cumprimenta advogado, Márcio Widal, e emocionado, é retirado de júri para ver filhos (Fotos: Henrique Kawaminami)
Marcelo Rios cumprimenta advogado, Márcio Widal, e emocionado, é retirado de júri para ver filhos (Fotos: Henrique Kawaminami)

Um ano e dois meses depois de conseguir dar abraço nos filhos durante o primeiro júri da Operação Omertà, o ex-guarda civil metropolitano, Marcelo Rios, ganhou novamente o direito de ver as crianças. Nesta semana, ele é julgado sob a acusação de arquitetar o assassinato de Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”.

Preso maio de 2019, em fevereiro de 2020, o acusado de integrar milícia dedicada a execuções em Campo Grande foi transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e até o dia 18 de julho do ano passado estava sem ver a família. De volta ao presídio a 3 mil km da Capital, após julgamento que o condenou pelo assassinato do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, Rios ficou novamente afastado das crianças até ter autorização, nesta terça-feira (17), para estar com elas em particular.

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, autorizou o encontro por questão humanitária. “Seria absurdo, eu penso, da minha parte, não deixar ele ver a família. Crime que ele está sendo imputado é uma coisa, questão de ver a esposa, ou ex-esposa, não sei, os filhos, é outra. É questão até mesmo de direitos humanos”.

Após receber a notícia, o réu agradeceu ao advogado Márcio Widal e se emocionou ao ser retirado do Tribunal do Júri, às 10h30. Até o encerramento da manhã de depoimentos das testemunhas de defesa, às 11h50, ele não havia voltado para o plenário.

As crianças foram levadas ao Fórum de Campo Grande pela mãe, Eliane Benitez Batalha dos Santos, que depôs na condição de informante – sem compromisso legal com a verdade – nesta manhã.

O crime – No segundo júri da Omertà, Marcelo Rios é acusado de ter planejado a execução de Marcel Colombo mando do patrão, Jamil Name Filho.

A vítima foi morta aos 31 anos com tiros de pistola 9 milímetros à queima-roupa em um bar da Avenida Fernando Corrêa da Costa, Vila Rosa Pires, em Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018. Um amigo dele ficou ferido.

A história, porém, remonta a 2016, quando houve desentendimento entre Jamilzinho e vítima em uma boate da Capital, segundo o próprio acusado de ser o mandante do crime, por causa de balde de gelo.

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