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Capital

Prefeito diz que cabe à Justiça perdoar multa de médicos grevistas

Foram bloqueados R$ 5.851,33 da conta pessoal do presidente do SinMed, Flávio Freitas Barbosa

Yarima Mecchi | 12/07/2017 12:45
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad. (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse nesta quarta-feira (12) que cabe à Justiça decidir se mantém ou não a multa aos médicos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) por conta da greve que a categoria fez entre os dias 26 e 29 de junho. Uma decisão interlocutória proibia a paralisação da categoria desde o dia 23 do mesmo mês sob pena de pagar multa diária de R$ 10 mil.

Durante assembleia ontem na sede do SinMed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) a administração municipal fechou um acordo com a categoria. Trad comemorou finalmente ter conseguido encerrar a negociação salarial com os servidores, mas se eximiu de perdoar a multa por conta da desobediência dos grevistas. O prefeito não descartou o corte de ponto dos profissionais que não foram trabalhar nos dias de greve.

"Isso é com a Justiça, não sou eu. O juiz é que decide. Se as sindicâncias comprovarem que faltaram vamos descontar. Todas as sindicâncias que apontarem que trouxe prejuízo à população os profissionais serão responsabilizados. Todos os casos que foram chegando ao conhecimento estamos apurando", destacou.

Na ação judicial que a administração municipal move contra os servidores já foram bloqueados R$ 5.851,33 da conta pessoal do presidente do SinMed, Flávio Freitas Barbosa. A medida foi tomada após o magistrado da 1º Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos, José Eduardo Neder Meneghelli, determinar, no dia 29 de junho, o bloqueio de R$ 20 mil das contas de Barbosa e ainda aumentar a multa diária para R$ 100 mil.

O procurado-geral do município, Alexandre Avalo, disse que o município nunca pediu o bloqueio das contas físicas de Flávio, mas se manifestou a favor do valor ser pago pelo SinMed. Em sua manifestação, o sindicato pontua que o valor não poderia ser bloqueado do patrimônio do presidente e pede ainda a revogação da decisão.

"Nunca pedimos que fosse na conta física do presidente. O dinheiro fica bloqueado em uma conta judicial esperando o juiz determinar um destino", explicou Ávila.

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