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Interior

Julgamento de PMs presos pela morte de ex-vereador começa em menos de 1 mês

Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, 41, e Bruno César Malheiros dos Santos, 33, seguem presos

Por Anahi Zurutuza | 19/08/2024 20:01
Corpo de ex-vereador na BR-262, enquanto bombeiros e policiais militares registram ocorrência (Foto: Direto das Ruas)
Corpo de ex-vereador na BR-262, enquanto bombeiros e policiais militares registram ocorrência (Foto: Direto das Ruas)

Começa em menos de um mês o julgamento dos policiais militares Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, 41, e Bruno César Malheiros dos Santos, 33, presos desde a morte do ex-vereador de Anastácio, Wander Alves Meleiro, o Dinho Vital, de 40 anos, no dia 8 de maio. A primeira audiência do caso está marcada para acontecer no dia 10 de setembro.

Na fase de instrução e julgamento do processo, são ouvidas testemunhas e os réus são interrogados para só depois juiz decidir que destino dará aos acusados. Valdeci e Bruno podem ir a júri popular por homicídio se houve indícios de que a morte não foi consequência da reação de Vital aos PMs durante o cumprimento do dever legal.

Os dois policiais seguem presos enquanto aguardam o trâmite judicial. Na semana retrasada, pedido de habeas corpus foi negado pelos desembargadores da 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). O relator do pedido, desembargador Lucio Raimundo da Silveira sustentou que as prisões ainda se fazem necessárias para garantir a boa produção de provas no curso da instrução processual.

O desembargador Jonas Hass Silva Júnior entendeu o contrário. Para ele, a concessão da soltura era medida justa, enquanto a desembargadora Elizabeth Anache acompanhou o voto do relator.

Na revisão de 90 dias, o juiz Luciano Pedro Beladelli, da Vara Única de Anastácio, também decidiu pela manutenção das prisões, conforme publicado no Diário da Justiça desta segunda-feira (19).

O advogado dos policiais, Lucas Arguelho Rocha, diz que ainda lutará pela liberdade dos clientes. “A defesa confia no Poder Judiciário, que continuará a julgar de forma isenta e imparcial, e portanto, recorrerá da decisão para que prevaleça o brilhante, acertado e justo voto vencido, prolatado pelo 1° vogal, ou seja, continuará batalhando juridicamente pela concessão da liberdade de ambos os policiais, que agiram no estrito cumprimento do dever legal e cobertos pela legítima defesa, visto que não há dúvidas alguma que a vítima estava portando uma arma de uso restrito (9mm), com capacidade para 18 disparos, alimentada e para pronto uso contra os policiais ou qualquer outra pessoa presente naquela festividade”.

A morte - Dinho foi morto na BR-262, no fim da tarde de uma quarta-feira, logo após brigar com o ex-prefeito de Anastácio Douglas Figueiredo durante festa de comemoração do aniversário de 59 anos da cidade, em uma chácara próxima à rodovia.

Segundo relataram testemunhas, o ex-vereador, aparentemente alcoolizado, discutiu com o ex-prefeito na festa. A briga começou depois que o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou que lançaria o tucano candidato pelo partido, e foi separada por outros frequentadores.

O ex-vereador foi retirado do local, mas voltou armado e fez ameaças. Foi quando os policiais decidiram abordá-lo.

Testemunhas afirmam que os dois trabalham como seguranças de Douglas, mas ambos negam e alegam que estavam na festa por motivos diferentes. Valdeci explicou que foi convidado por amigo e Bruno afirmou em depoimento que estava de folga e fez parte da produção da banda contratada para animar a comemoração. O ex-prefeito também nega qualquer participação no crime.

Conforme os depoimentos de Valdeci e Bruno, Dinho Vital reagiu à abordagem e por isso, eles atiraram.

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