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Política

Puccinelli e filho conseguem habeas corpus no TRF e serão soltos

Ordem de soltura foi expedida pelo desembargador Paulo Fontes e atendeu a pedido do advogado Antonio Mariz

Mayara Bueno e Marta Ferreira | 15/11/2017 11:24
Ex-governador André Puccinelli (PMDB), atrás, no carro da PF saindo de seu apartamento. (Foto: André Bittar/Arquivo).
Ex-governador André Puccinelli (PMDB), atrás, no carro da PF saindo de seu apartamento. (Foto: André Bittar/Arquivo).

O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), e seu filho André Puccinelli Júnior, conseguiram habeas corpus e serão soltos, conforme determinação do TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região. Considerando que a Polícia Federal chegou à casa de Puccinelli às 6h da manhã desta terça-feira, a liberdade foi concedida 30 horas depois.

 A ordem de soltura foi dada pelo desembargador Paulo Fontes, no plantão do Tribunal, que fica em São Paulo. O pedido foi feito pelo advogado Antonio Mariz, amigo pessoal do presidente Michel Temer.  O teor da decisão, e se ela impõe medidas cautelares, tal como o uso de tornozeleira, ainda não são conhecidos.

Puccinelli e o filho foram presos na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, a Papiros de Lama, após delação premiada do pecuarista Ivanildo Miranda ao MPF. Ele afirma ter repassado R$ 20 milhões a André a título de propina da JBS.

Para que de fato os dois deixem o Centro de Triagem - onde estão presos -, a Justiça precisa mandar o alvará de soltura.

Papiros de Lama - A Polícia Federal, em conjunto com a CGU (Controladoria Geral da União) e a Receita Federal, deflagrou nesta manhã a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama. Além de Puccinelli e do filho dele, também foram presos os advogados Jodascil Gonçalves Lopes e João Paulo Calves, ambos ligados ao Instituto Ícone, de ensino jurídico, e portanto, a Puccinelli Júnior.

Seis pessoas foram levadas para depor (alvos de mandados de condução coercitiva): André Cance, João Maurício Cance, João Amorim, João Baird, Mirched Jafar Júnior e Antonio Celso Cortez.

A PF foi também às ruas de Campo Grande, Aquidauana, Nioaque e São Paulo (SP) vasculhar 24 endereços.

Conforme a PF, a operação tem como alvo uma organização criminosa que teria causado pelo menos R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos. Bens das pessoas investigadas, que somam R$ 160 milhões, foram bloqueados.

André seria o beneficiário e garantidor do esquema de propina com a JBS, que teria repassado no mínimo R$ 20 milhões.

 

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