ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Nova área ou indenizações são opções para famílias do "Carandiru"

Nesta tarde, ocorreu audiência de mediação entre a Construtora Degrau e a Defensoria Pública

Lucia Morel e Antonio Bispo | 10/07/2023 16:31
Área interna do Residencial Atenas, mais conhecido como Carandiru. (Foto: Paulo Francis)
Área interna do Residencial Atenas, mais conhecido como Carandiru. (Foto: Paulo Francis)

Audiência de mediação entre a Construtora Degrau e a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, que representa as famílias que ocupam a obra inacabada da empresa no bairro Mata do Jacinto, conhecida como "Carandiru", terminou “frutífera”, conforme o juiz mediador Alessandro Carlo Meliso Rodrigues, da 16ª Vara Cível, onde corre a ação de reintegração de posse.

Segundo ele, serão analisadas duas hipóteses: a indenização das cerca de 40 famílias que moram lá para que possam encontrar um novo lar ou a destinação de alguma área para que possam ir. “Foi uma busca de conciliação frutífera porque se vislumbrou acordo no sentido de viabilizar indenização às famílias assentadas ali”, comentou o magistrado.

Caso essa solução não seja alcançada, há ainda a possibilidade de que alguma área seja destinada às famílias e, para isso, a Defensoria Pública se comprometeu a mediar, junto à Prefeitura de Campo Grande, pedido para que as famílias sejam assentadas de forma segura. “A Defensoria vai procurar uma área para que as famílias possam sair de lá e serem realocadas”, disse o juiz.

Conforme Meliso Rodrigues, a situação não pode ser resolvida de forma arbitrária ou com apenas uma “canetada”, já que é uma questão social sensível. “O ambiente lá é vulnerável, de perigo. O prédio é inacabado e não tem a mínima estrutura para manter as pessoas lá. Temos que chegar numa definição que atenda os dois lados. É um problema social porque as pessoas ali não tem para onde ir. Não se reintegra do dia pra noite e se eu não reintegro, deixo as pessoas em risco e aquilo ali não é ambiente para ninguém morar”, afirmou.

O magistrado comentou ainda que a Prefeitura de Campo Grande foi chamada para acompanhar a audiência, mas não compareceu. Também foi convocada pelas partes para compor a lide do processo de reintegração, ingressou com recurso e conseguiu se excluir do processo.

A defensora pública do Núcleo de Moradias que acompanha o caso, Regina Célia Rodrigues Magro, disse que vai tentar sensibilizar o poder público quanto à necessidade de ajudar a encontrar uma solução para a questão. “Aguardamos uma posição do Executivo municipal para se sensibilizar a participar desta relação nesse processo, afinal, é uma ocupação de mais de 20 anos”, sustentou.

Nos siga no Google Notícias

Veja Também