Para 74% dos leitores, Deam foi uma das responsáveis pela morte de Vanessa
Jornalista procurou a polícia para denunciar ex e relatou frustração em áudio enviado horas antes de morrer
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Para 74% dos leitores, o atendimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) contribuiu para o desfecho trágico da jornalista Vanessa Ricarte, morta a facadas pelo ex-noivo, na útlima quarta-feira (12).
RESUMO
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Para 74% dos leitores do Campo Grande News, o atendimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) contribuiu para o trágico desfecho da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo. Vanessa buscou ajuda na delegacia após ser ameaçada e exposta nas redes sociais, mas reclamou do atendimento recebido. Apesar de obter medida protetiva, sentiu-se desamparada. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, sob orientação do governador, instaurou procedimento para apurar o caso e melhorar o atendimento às vítimas. O delegado-geral expressou solidariedade à família de Vanessa.
Do total, outros 26% acreditam que isso não influenciou na morte.
Vanessa recorreu à delegacia depois de passar cinco dias de terror e ser exposta pelo ex em redes sociais. Mas, em áudio enviado a uma amiga, horas antes da morte, reclamou do atendimento seco da delegada, que não teve acesso ao histórico do ex, sob alegação de ser informação sigilosa.
A jornalista obteve a medida protetiva, mas não a escola esperada. Em outro trecho da gravação, Vanessa conta o que ouviu da delegada ao falar que precisava voltar para casa e buscar alguns pertences. “(...) Aí ela 'então vai para a sua casa, você já avisou ele, manda uma mensagem falando para deixar a casa'. Então assim, eles não entendem né, a dimensão do negócio. Porque ele já tinha falado para mim que só saía de casa com a polícia. Mas de qualquer forma, eu vou ter que ir lá na casa e vou falar com ele isso aí”.
Em vídeo, o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone Lucio, deu um posicionamento sobre os relatos divulgados em áudio. Ele afirma que a "Polícia Civil está e estará sempre do lado da vítima e dos familiares. Externamos a nossa solidariedade".
Lupérsio disse ainda que, por orientação do governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB) e da Sejusp (Secretária Estadual de Justiça e Segurança Pública), foi instaurado um procedimento para apurar a situação. "Quero enfatizar que tivemos uma reunião para aprimorar o atendimento às vítimas no âmbito da delegacia até o posterior deferimento das medidas”.
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