Com processo acelerado, em fevereiro réus da Successione serão interrogados
Entre ontem e hoje foram ouvidas testemunhas de defesa dos acusados e depoimentos foram "tranquilos"
O depoimento dos réus da Operação Successione, em audiência de interrogatório, está marcado para 17 de fevereiro. Entre ontem (13) e hoje (14) foram ouvidas testemunhas de defesa dos acusados na 4ª Vara Criminal de Competência Residual, da juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna. Segundo os advogados, as oitivas foram “tranquilas”. Testemunhas de acusação foram ouvidas no ano passado.
RESUMO
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A 4ª Vara Criminal de Competência Residual ouviu testemunhas de defesa dos réus da Operação Successione, que investiga uma organização criminosa envolvida em roubos de malotes de dinheiro em Campo Grande, em meio a uma disputa pelo controle do jogo do bicho. Os advogados se mostraram otimistas quanto à absolvição dos seus clientes, alegando que os depoimentos demonstram inconsistências na denúncia e que o processo tem sido célere. O interrogatório dos réus está marcado para 17 de fevereiro.
André Borges e Leonardo Arnar, que defendem o deputado estadual Neno Razuk (PSDB), informaram que “o processo tem recebido boa condução e celeridade” e que com as alegações, a defesa “demonstrará com clareza a não ocorrência de qualquer crime”. Afirmam ainda que “os fatos, bem compreendidos, levam à absolvição de Neno Razuk, parlamentar dedicado e cumpridor da lei”.
Já em nome dos réus José Eduardo Abdulahad, Gilberto Luís dos Santos e outros que estão presos, os advogados Cézar Lopes e Rhiad Abdulahad informaram ao Campo Grande News que há “otimismo quanto ao desfecho da ação penal”, uma vez que “os acusados e as testemunhas têm apontado as diversas inconsistências na denúncia e confiam na Justiça”. Eles “acreditam na absolvição dos seus defendidos.”
A ação tramita em segredo de Justiça e não há detalhamentos dos depoimentos. Para Lopes e Abdulahad, o processo, assim como afirmaram Borges e Arnar, tem sido “célere e sem entraves”.
Successione - A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) focou organização criminosa responsável por diversos roubos de malotes de dinheiro no contexto de disputa pelo monopólio do jogo do bicho em Campo Grande.
As investigações constataram que tal organização criminosa tem grave penetração nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade.
O nome da operação faz alusão à disputa pela sucessão do controle do “jogo do bicho” em Campo Grande, com a chegada de outros grupos criminosos que migraram para a capital após a “Operação Omertà”.
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