Mais dois servidores da Saúde são exonerados por corrupção
Alvos de investigação em operação do Gaeco tiveram desligamento publicado no Diário Oficial
O Governo do Estado exonerou mais dois servidores suspeitos de participação no esquema de corrupção que desviou cerca de R$ 68 milhões dos cofres públicos entre 2021 e 2022.
Márcia Barbosa Borges e Pedro Henrique Caetano Monteiro Basto tiveram o desligamento publicado na edição de quinta-feira (30), no Diário Oficial do Estado. Ambos ocupavam cargos de comissão na Direção Gerencial Especial e de Assessoramento na SES (Secretaria Estadual de Saúde), com remuneração mensal de R$ 2.410,00.
O processo que investiga licitações superfaturadas em Mato Grosso do Sul tramita em segredo de Justiça, mas a reportagem apurou que ambos fazem parte da lista de pessoas envolvidas na operação.
O texto de exoneração foi assinado pelo secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Arlei Caravina, no dia que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) cumpriu mandados de prisão contra oito pessoas pelos crimes de fraude à licitação, peculato e corrupção.
Em resumo, o esquema consistia em burlar licitações abertas para a compra de equipamentos e materiais de consumo para as secretarias estaduais de Educação e Saúde com a ajuda de servidores e vender os produtos superfaturados. Os irmãos Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior negociavam propina para obterem ajuda dos funcionários do governo e vantagem sobre os outros concorrentes.
As apurações começaram durante a Operação Parasita, deflagrada no dia 7 de dezembro de 2022. “Dados extraídos dos aparelhos celulares dos investigados Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, apreendidos por ocasião” direcionaram a atenção do Gaeco para as contratações das empresas da dupla pela administração estadual, conforme trecho da decisão do juiz Eduardo Eugênio Siravegna Junior, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, que autorizou as prisões e buscas.
No total, foram expedidos oito mandados de prisão e 35 de busca e apreensão. Além dos sete presos na Capital, o ex-titular da Secretaria Estadual de Saúde, Flávio Brito, atual adjunto da Casa Civil, também foi alvo de busca e apreensão e intimado para depor na sede do Gaeco.
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