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Capital

Por falta de provas, Fahd Jamil, “Jamilzinho" e pivô da Omertá se livram de júri

Trio era acusado de envolvimento na execução de segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

Adriano Fernandes | 26/04/2022 21:15
Ilson Martins de Figueiredo, executado a tiros em 2018. (Foto: Arquivo)
Ilson Martins de Figueiredo, executado a tiros em 2018. (Foto: Arquivo)

Acusados de envolvimento na execução do policial militar reformado Ilson Martins Figueiredo, em 2018, Fahd Jamil, Jamil Filho e Marcelo Rios, não serão julgados pelo crime. A decisão é do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, que alegou falta de provas da relação do trio com o crime.

Ilson seguia em um veículo Kia Sportage, pela Avenida Guaicurus, quando foi atingido por disparos, perdeu o controle da direção e derrubou o muro de um comércio. Ilson morreu na hora. Foram ao menos 45 tiros de fuzil AK 47 e fuzil 556 na porta do motorista do Kia Sportage.

Além de Fahd Jamil, "Jamilzinho" e Marcelo Rios, pivô da Operação Omertá outras quatro pessoas foram acusadas de participação na morte de Ilson Martins. Jamil Name, que morreu ano passado de covid-19; Flávio Correia Jamil Georges, Melcíades Aldana e Juanil Miranda Lima, que estão foragidos. Ambos tiveram seus processos desmembrados da acusação principal.

As investigações da Polícia Civil apontaram que Ilson teria sido morto por vingança pelo suposto envolvimento no desaparecimento e morte de Daniel Alvarez George, filho de Fahd Jamil, em 2011. Neste contexto, Aluízio ponderou que o corpo de Daniel nunca sequer foi encontrado e que nenhum laudo técnico apontou a eventual relação de Ilson com o desaparecimento.

"Tem-se apenas deduções contidas nas investigações que soam neste processo de que Daniel foi assassinado, decorrendo a segunda dedução de que o pai Fahad planejou a execução dos algozes, dentre eles, a terceira dedução, que foi Ilson", comenta o juiz.

Aluízio também ressaltou que a origem das investigações do suposto envolvimento no bando na execução, partiu de suspeitas de que Ilson teria sido a última pessoa a se encontrar com Daniel. Aluízio ainda apontou que o exame papiloscópico que poderia levantar digitais dos envolvidos no atentado a tiros, foi prejudicado e que os projeteis usados na execução Ilson, não correspondiam as armas do arsenal apreendido pela polícia no decorrer da Omertá, e que pertencia a Jamil Name.

“Não há indícios suficientes para inferir que Fuahd, Jamil Filho e Marcelo Rios participaram do assassinato de Ilson, salvo conjecturas ou ilações”, pontuou o juiz na decisão. Diante da falta de provas mais concretas de envolvimento do trio na execução, Aluizio optou pela impronúncia da acusação, mas salientou que ainda existe a possibilidade da investigação ser reaberta, caso surjam novas provas que liguem o grupo à execução de Ilson Martins de Figueiredo

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