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Capital

Preso em operação depõe por meia hora e deixa Gaeco em silêncio

Anahi Zurutuza e Guilherme Henri | 31/08/2017 10:42
Luiz Alberto, que está ao fundo, deixa sede  do Gaeco em silêncio acompanhado do advogado (de terno) (Foto: André Bittar)
Luiz Alberto, que está ao fundo, deixa sede do Gaeco em silêncio acompanhado do advogado (de terno) (Foto: André Bittar)

Sem dar declarações, o servidor da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, chegou à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na manhã desta quinta-feira (31), ficou cerca de meia hora no local e deixou o prédio em silêncio.

De acordo com o advogado Dartagnan Messias, que acompanhava o cliente, ele prestou depoimento, mas Luiz Alberto não se posicionará por enquanto. “Neste momento nós não vamos nos manifestar”.

O servidor é um dos alvos da Operação Antivírus, deflagrada na terça-feira (29) pelo Gaeco para coletar provas sobre suposto esquema de corrupção envolvendo empresas de informática e o Poder Público.

O funcionário público estadual está em liberdade desde a madrugada de quarta-feira (30)

Oculto - A investigação suspeita que Luiz Alberto Azevedo seja sócio oculto da Pirâmide Informática, uma das oito alvos da operação. Primeiro, a empresa contratou os serviços de Fernando Roger Daga, com formação na área de informática.

Na sequência, ele se tornou sócio. Mas um áudio mostra o diálogo entre Luiz Alberto, que tem cargo de assessoria na Secretaria de Governo e de analista de sistema na Secretaria de Fazenda, e Fernando.

O tema da conversa é salário e plano médico, compatíveis com relação empregado/empregador. Consulta ao Portal da Transparência do governo, mostra que Luiz tem salário de R$ 4,9 mil na secretaria de Governo e R$ 17 mil na Sefaz.

Operação – Antes das 7h desta terça-feira, equipes do Gaeco estavam espalhadas por Campo Grande para cumprir nove mandados de prisão preventiva e três de prisão temporária, além dos 29 de busca e apreensão.

O principal endereço alvo da força-tarefa foi a sede do Detran-MS, onde investigadores vasculham três diretorias: a Presidência, a Diretoria de Administração e Finanças e a Diretoria de TI (Tecnologia da Informação).

O Gaeco investiga crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato e organização criminosa.

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