Um mês após protesto da família de vítima, júri de ex-guarda é marcado
Valtenir Pereira da Silva, de 37 anos, será julgado por matar Maxelline dos Santos, 28, durante churrasco
Um mês depois da família de Maxelline da Silva dos Santos, de 28 anos, protestar por celeridade, a Justiça marcou o júri de Valtenir Pereira da Silva, ex-guarda civil metropolitano. Ele é acusado de matar a ex-namorada Maxelline e o amigo dela, Steferson Batista de Souza, 32 anos. O crime ocorreu no dia 29 de fevereiro de 2020, em Campo Grande.
O júri foi marcado para o próximo dia 5 de maio. Valtenir foi denunciado por feminicídio, em relação a ex-namorada, homicídio qualificado em relação a vítima Steferson e tentativa de homicídio contra a esposa de Steferson, que foi ferida por tiros no dia do crime.
Protesto - Indignados com a demora na resolução do caso, os familiares da professora Maxelline protestaram na tarde do último dia 20 de fevereiro, em frente à Casa da Mulher Brasileira, na Capital.
Marisa Rodrigues da Silva, de 51 anos, mãe da professora, disse ao Campo Grande News que o objetivo do protesto foi pressionar o Poder Judiciário para que o acusado seja finalmente sentenciado. “São quase 2 anos. A gente quer uma resposta mais rápida. Quanto mais demora, mais prolonga nosso sofrimento”, desabafou a mãe no dia do protesto.
Caso - Na noite de 29 de fevereiro, Maxelline participava de churrasco com os amigos, quando o ex-namorado, descumprindo medida protetiva, a procurou para conversar. Conforme testemunha, o diálogo começou calmo, mas a situação mudou quando a professora disse “eu não quero” ao convite do guarda municipal para os dois irem embora.
A amiga tentou apaziguar os ânimos, mas Valtenir a baleou. Imediatamente, Steferson se aproximou para ver o que estava acontecendo e foi morto. Por fim, a tragédia terminou com Valtenir atirando na cabeça da ex-namorada e fugindo de carro. O autor ficou seis dias foragido, mas foi localizado.