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Política

Olarte presta depoimento em processo sobre lavagem de dinheiro

Advogados dos réus estimam que processo não termine no primeiro semestre deste ano

Gabriel Neris e Kleber Clajus | 06/03/2018 14:52
Gilmar Olarte, ex-prefeito da Capital, presta depoimento na tarde desta terça-feira (Foto: Saul Schramm)
Gilmar Olarte, ex-prefeito da Capital, presta depoimento na tarde desta terça-feira (Foto: Saul Schramm)

O ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, está prestando depoimento na tarde desta terça-feira (6) na 1ª Vara Criminal, no processo em que foi denunciado, junto com outras quatro pessoas, que também prestam depoimento, por crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Entre os denunciados também estão a ex-primeira-dama Andréia Olarte, o casal Evandro Simôes Farinelli, apontados como laranjas de Olarte, e ainda o corretor de imóveis Ivamil Rodrigues de Almeida.

Os advogados de defesa estimam que o processo não termine no primeiro semestre deste ano. Testemunhas deverão ser ouvidas em Várzea Grande (MT), Cuiabá e Indaiatuba (SP). “Como o processo é complexo acho que neste primeiro semestre não sai a sentença”, acredita o advogado Rodrigo Martins Alcântara, que trabalha na defesa de Ivamil Rodrigues.

Assim que chegaram ao prédio da 1ª Vara Criminal, na região central de Campo Grande, todos os réus foram encaminhados a uma sala. Assessrores informaram que a medida foi tomada para “garantir a integridade” dos réus.

Na chegada, o ex-prefeito da Capital pontuou que pretende provar que não há irregularidade na aquisição dos imóveis, assim como os demais réus.

Pecúnia – Há pouco mais de um ano o grupo foi alvo da Operação Pecúnia, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que teria apontado uso de dinheiro obtido por corrupção pelo ex-prefeito para aquisição de imóveis na Capital.

Com base em documentos apreendidos, em agosto de 2015, os investigadores apontaram a aquisição de bens no montante de R$ 4.190.500. Ocorre que foram pagos R$ 2.863.000 e as parcelas restantes deixaram de ser quitadas assim que Gilmar Olarte deixou a prefeitura,em agosto de 2015.

Para o Ministério Público Estadual, os investigados montaram um esquema de lavagem de dinheiro conseguido ilicitamente. Denúncia aceita pela Justiça, em novembro de 2016, listou o corretor Ivamil de Almeida como responsável pela compra dos imóveis, registrados posteriormente no nome de Evandro e Christiane Farinelli, "testas de ferro" do casal Gilmar e Andréia Olarte.

Movimentação bancária e declarações de Imposto de Renda, conforme os promotores do caso, seriam incompatíveis com o patrimônio crescente do ex-prefeito durante sua gestão. Em 2014, por exemplo, houve declaração de renda de R$ 320.545,19, ante os R$ 710 mil apurados por investigadores. Haveria ainda propriedade do casal, no condomínio Dahma II, registrada no nome de Evandro e construção de prédio de R$ 1,3 milhão, com cinco de dez parcelas pendentes desde agosto de 2015, quando Olarte saiu da prefeitura.

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