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Política

Vereadores votam abertura de CPI contra prefeita após operação

Contratos de Sidrolândia foram alvo de operação do MPMS; pedido é que prefeita Vanda Camila seja afastada

Por Silvia Frias | 23/04/2024 08:48
Pedido de abertura da comissão processante foi votado na sessão do dia 16 de abril (Foto/Reprodução)
Pedido de abertura da comissão processante foi votado na sessão do dia 16 de abril (Foto/Reprodução)

A Câmara de Vereadores em Sidrolândia, município 70 quilômetros distante de Campo Grande, vota hoje o pedido de abertura de comissão processante contra a prefeita Vanda Camilo (PP), por conta da investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que encontrou esquema milionário de desvio de verba.

As irregularidades identificadas na Operação Trompers indicam que um dos líderes do esquema seria o ex-secretário Municipal de Finanças, Cláudio Jordão de Almeida Serra (PSDB), atual vereador em Campo Grande e genro da prefeita.

O vereador Enelvo Felini Junior (PRB) protocolou o pedido de abertura da comissão processante no dia 16 de abril. A previsão é que o documento seja votado hoje, na sessão que começa por volta das 9h30. O pedido é que Vanda Camilo seja afastada das funções, por conta da investigação.

Enelvo justificou o pedido dizendo que a prefeita Vanda Camila foi omissa ou conivente com o esquema. “Todas as licitações têm assinatura dela, como que vai falar que não sabia?”, disse. Também questiona a manutenção de contrato com empresas investigadas.

Segundo o parlamentar, são necessários oito votos para que a comissão seja aprovada. Como propositor, Enelvo não participa da votação e nem o presidente da Casa de Leis, Otacir Figueiredo, o último, somente em caso de empate.

A reportagem tentou falar com a prefeita Vanda Camila, mas não obteve retorno.

Prefeita Vanda Camilo cumpriu agenda no dia em que operação foi deflagrada (Foto/Arquivo)
Prefeita Vanda Camilo cumpriu agenda no dia em que operação foi deflagrada (Foto/Arquivo)

Denúncia – Na denúncia ofertada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e 3ª promotoria de Sidrolândia, Claudinho Serra foi denunciado por associação criminosa, fraudes em contrato e em licitação pública, peculato e corrupção passiva. Os outros dois integrantes ativos do grupo também foram denunciados: o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”.

Claudinho Serra está preso desde o dia 3 de abril, quando foi deflagrada a 3ª fase da Operação Tromper, que apurou o esquema fraudulento. Naquele dia, foram cumpridos 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em Campo Grande e Sidrolândia.

Também foram denunciados Carmo Name Filho, Thiago Rodrigues Alves, Milton Matheus Paiva Matos, Ana Cláudia Alves Flores, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa, Luis Gustavo Justiniano Marcondes, Jacqueline Mendonça Leiria, Heberton Mendonça da Silva, Roger William Thompson Teixeira de Andrade, Valdemir Santos Monção, Cleiton Nonato Correia, Edmilson Rosa, Fernanda Regina Saltareli, Maxilaine Dias de Oliveira, Roberta de Souza, Yuri Morais Caetano, Rafael Soares Rodrigues, Paulo Vitor Famea e Saulo Ferreira Jimenes.

Os crimes são quase os mesmos atribuídos aos outros investigados, com exceção da tipificação de peculato, exclusiva para os que exercem ou exerciam cargo público.

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