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Cidades

Policial de MS alvo de operação é suspeito de dupla execução em MG

Silvio Cesar Molina é apontado em investigação da PF como líder de esquema de tráfico de drogas a partir de Mundo Novo

Anahi Zurutuza | 15/05/2019 13:48
Subtenente Silvio Cesar Molina em foto publicada no Facebook (Foto: Arquivo pessoal)
Subtenente Silvio Cesar Molina em foto publicada no Facebook (Foto: Arquivo pessoal)

Alvo da Operação Laços de Família, o subtenente da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Silvio Cesar Molina, de 47 anos, é apontado como um dos envolvidos em duplo homicídio em Minas Gerais. Contra ele, foi cumprido mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira (15).

O PM está preso nopresídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Na investigação da PF (Polícia Federal) de Mato Grosso do Sul, ele é apontado como líder de esquema de tráfico internacional de drogas a partir de Mundo Novo – cidade a 476 km de Campo Grande.

Nesta manhã, equipe da 3ª DRPC (Delegacia Especializada de Homicídios) da Leopoldina (MG) cumpriu três mandados de prisão temporária contra suspeitos de matar Nasser Kadri e Eneas Mateus de Assis, cujos corpos foram encontrados no Rio Pomba, no dia 11 de janeiro de 2018.

Também foram presos Alan Faria Ruback, de 44 anos, em Recreio (MG) e Marco Aurélio Scheffer, de 39 anos, em São Paulo.

De acordo com a Polícia Civil de Minas, o crime tem relação com guerra entre facções. Para chegar ao autores dos assassinatos, a investigação aproveitou provas coletadas durante a ação da PF em Mato Grosso do Sul.

Ferrari que aparece em sessão de fotos em 2015, quando a filha de Molina se casou. (Foto: Reprodução/Facebook)
Ferrari que aparece em sessão de fotos em 2015, quando a filha de Molina se casou. (Foto: Reprodução/Facebook)

Laços de Família - A operação foi deflagrada em 25 de junho do ano passado. De acordo com as investigações, o subtenente é apontado como líder de grupo que atuava com características de máfia e tinha relações comerciais com o PCC.

Foram identificados vários núcleos, como o familiar, que era liderado pelo policial; o operacional e apoio logístico, integrados por gerentes; e os “correrias”, definição para quem presta toda a sorte de serviços (motorista, segurança pessoal de membros do grupo).

Durante a investigação, a Polícia Federal apreendeu R$ 317.498,16, joias avaliadas em R$ 81.334,25, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte de carga.

Os mandados de busca e apreensão ajudam a dimensionar o tamanho do patrimônio do grupo: 136 ordens de sequestros de veículos, sete mandados para apreender aeronaves (helicópteros). Além de cinco mandados de sequestro de embarcações de luxo e 25 mandados de sequestro de imóveis (apartamentos, casas, sítios, imóveis comerciais).

As ordens judiciais foram cumpridas em MS, Paraná, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte. Conforme o MPF (Ministério Público Federal), os crimes são de tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico, lavagem de capitais e posse ilegal de arma de fogo. A denúncia foi aceita em agosto pela Justiça Federal.

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