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Cidades

Delegado da PF também confirma uso de arma letal durante reintegração

Luciana Brazil e Evelyn Souza | 05/06/2013 11:14
Delegado diz que vai aguardar orientação do ministro, em caso de reintegrações. (Foto:Arquivo)
Delegado diz que vai aguardar orientação do ministro, em caso de reintegrações. (Foto:Arquivo)

O superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, o delegado Edgar Marcon, confirmou na manhã de hoje, o uso de armas letais durante atuação de reintegração de posse, na fazenda Buriti, em Sidrolândia, no último dia 30. Marcon fez a declaração durante a chegada do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, a Campo Grande.

A informação chegou a ser negada pelo governo do Estado, e, em outra ocasião, confirmada pela Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

Entretanto, Marcon explica que o porte de arma não significa o uso das mesmas. “Eles estavam usando, mas isso não quer dizer que eles tenham utilizado”.

O delegado irá aguardar a conclusão do inquérito policial, que investiga os fatos durante a reintegração de posse. As próximas atuações vão ser feitas de acordo com a orientação do ministro da Justiça, segundo o delegado. “Vamos aguardar a orientação do ministro para saber como iremos atuar na próxima reintegração”.

O episódio de reintegração, que resultou na morte do terena Oziel Gabriel, 35 anos, morto com tiro no abdômen, chegou a ser avaliado pela presidente Dilma Rousseff (PT) como um erro da polícia. A presidente teria afirmado ao ministro Cardozo que a ordem judicial deveria ser desobedecida para evitar tragédias.

O ministro veio à Capital a pedido da presidente para resolver o conflito entre fazendeiros e indígenas. Os índios terenas invadiram a fazenda Buriti, no dia 15 de maio, e apesar da decisão judicial de reintegração de posse, eles dizem que não vão deixar a área. Outras fazendas foram invadidas, em Sidrolândia e Aquidauana.

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