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Capital

Defensoria Pública irá até o "Carandiru" para atualizar quantidade de moradores

O atendimento será realizado no próximo sábado durante a tarde

Geniffer Valeriano | 02/08/2023 17:25
Entrada do Residencial conhecido como "Carandiru" na Mata do Jacinto (Foto: Paulo Francis)
Entrada do Residencial conhecido como "Carandiru" na Mata do Jacinto (Foto: Paulo Francis)

No próximo sábado (5), a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul fará um mutirão para atender os moradores do Residencial Atenas, conhecido como "Carandiru", em Campo Grande. A ação será realizada através da Nufamd (Núcleo da Fazenda Pública, Moradia e Direitos Sociais).

O objetivo do atendimento é fazer um levantamento de quantas famílias ainda estão ocupando o residencial. Segundo a coordenadora do Nufamd, defensora pública Regina Célia Rodrigues Magro, nesta ação não estarão presentes órgãos da prefeitura ou do Governo do Estado.

“Será feito somente um levantamento dos atuais ocupantes, porque muitos que foram citados no processo de reintegração não estão mais no local. A lista feita pela Secretaria de Assistência Social, no dia da Operação Abre-te Sésamo, dispõe de poucas informações”, explicou Regina Célia.

O mutirão de atendimento acontecerá no próximo sábado, começando às 13h e seguindo até às 17h.

O processo - No dia 10 de julho, durante audiência, a defensoria garantiu a suspensão do processo de reintegração de posse dos imóveis da Construtora Degrau LTDA. A suspensão vale por 90 dias, neste intervalo, a empresa deve apresentar uma proposta de indenização para as famílias que moram no local.

A ocupação - Há 18 anos, três blocos inacabados de 16 apartamentos no Residencial Atenas, localizado na Rua Jamil Basmage, em bairro do norte de Campo Grande, ganharam o apelido de “Carandiru”. Em outubro de 2005, após a falência da Degrau, o condomínio foi invadido e passou a ser ocupado por cerca de 40 famílias, um total de 200 pessoas.

Na manhã daquela terça-feira, 6 de junho de 2023, quando moradores foram surpreendidos por mais de 200 policiais – um total de 321 agentes da polícia, perícia, assistência social e bombeiros – e até um helicóptero, os 16 apartamentos haviam sido subdivididos e transformados em 46.

A operação policial classificou o local como “fábrica de crimes”, com registro de venda de drogas, armas e até homicídios. Todas as moradias foram vasculhadas e dez pessoas levadas presas.

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