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Capital

Nando é condenado a mais 16 anos de prisão por morte no Jardim Veraneio

Em sua quinta condenação por morte de jovem estrangulado, Nando chega aos 90 anos de prisão por assassinatos em série na Capital

Adriano Fernandes e Fernanda Palheta | 10/04/2019 20:58
Ao fundo da imagem, comparsa de Nando em frente aos jurados. (Foto: Fernanda Paleta)
Ao fundo da imagem, comparsa de Nando em frente aos jurados. (Foto: Fernanda Paleta)

Luiz Alves Martins Filho, o Nando, foi condenado a mais 16 anos e 3 meses de prisão pela execução de Flávio Soares Corrêa, de 25 anos, em 2016 no Jardim Veraneioem Campo Grande.Esta é a quinta condenação de Nando, que somada as outras penas dos seus assassinatos em série já chegam a 90 anos de prisão.

Flávio foi morto estrangulado com uma correia de máquina de lavar e, assim como as outras vítimas do serial killer, também foi enterrado na região do Jardim Veraneio. Seus restos mortais nunca foram encontrados.

Jean Marlon Dias Domingues, comparsa de Nando na execução também foi condenado a 9 anos e dez dias de prisão. À época do crime, as informação divulgadas pela polícia com base no depoimento dos acusados era de que Flávio, foi morto por ser um homossexual muito “afeminado”.

No entanto, no decorrer do processo, Nando admitiu que matou o rapaz por vingança, depois que ele teria lhe furtado. Na noite do crime em abril de 2016 - em data e horário não informados pelos réus -, Jean teria atraído Flávio para um aterro na Rua dos Atronautas, na Chácara dos Poderes, com o pretexto de que os dois teriam uma relação sexual.

No local, Nando teria surpreendido a vítima e o asfixiado até a morte. Em seguida Flávio foi enterrado no "cemitério" criado por nando em meio a mata da região. Além de usuário de drogas, Flávio tinha um histórico de furtos.

Contudo, após cerca de 11 horas de julgamento, nesta quinta-feira (10) o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, fixou as penas com base nos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe e de meio cruel com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, e ocultação de cadáver.

Este foi o quinto julgamento de Nando. Ele foi condenado em todos os outros e as penas já chegam a 90 anos de prisão. Ele está preso na Capital, mas não compareceu ao julgamento porque está com tuberculose e se recusa a fazer tratamento, não podendo ter contato com outras pessoas.

O único presente foi Jean que também estava detido no presídio de Dois Irmãos do Buriti, mas também será transferido para Campo Grande, pois estaria correndo risco de ser executado por integrantes de facções criminosas, na unidade prisional do interior.

Assassino em série – Nando é autor de uma série de assassinatos no bairro Danúbio Azul. As vítimas eram, em maioria, jovens mulheres envolvidas com consumo de drogas e inseridas em contexto de vulnerabilidade social.

Ele é acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas, entre os anos de 2012 e 2016, e ficou conhecido como um dos maiores serial killers do Estado, pela quantidade e a forma cruel como executava os crimes.

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