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Cidades

Justiça federal em MS condena Césare Battisti por tentativa de fuga

Italiano foi preso tentando fugir para a Bolívia em outubro de 2017 com grande quantia em dinheiro

Ana Paula Chuva | 01/09/2022 13:58
Battisti quando foi trazido a Campo Grande para receber a tornozeleira eletrônica em 2017. (Foto: Arquivo)
Battisti quando foi trazido a Campo Grande para receber a tornozeleira eletrônica em 2017. (Foto: Arquivo)

A 3ª Vara Federal de Campo Grande condenou o italiano Césare Battisti, 67 anos pela tentativa de fuga em outubro de 2017.  O terrorista já foi sentenciado à prisão perpétua pela justiça italiana e foi preso quando na fronteira entre Corumbá e Bolívia, a 428 quilômetros da Capital.

Césare foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no dia 4 de outubro de 2017. Ele estava em um táxi e alegou que viajaria para pescar e fazer compras. Na ocasião, a informação divulgada, era de que o italiano tentaria refúgio no país vizinho, após passar 10 anos no Brasil e ter seu refúgio anulado.

Depois de ser preso em MS, o italiano chegou a fugir para a Bolívia, mas foi detido novamente em 2019 e extraditado para o Brasil. Atualmente ele cumpre pena na Itália, onde foi condenado à prisão perpétua por terrorismo.

Pela tentativa de fuga, o terrorista foi condenado a um ano, 11 meses e dez dias de prisão e mais 40 dias-multa (R$ 48.480), em inicialmente em regime semiaberto.

Césare chegou ao país em 2004, em 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou sua extradição, que negada pelo presidente Lula (PT) em 2010. Em 2019 ele foi finalmente extraditado e hoje cumpre pena de prisão perpétua na Itália, por envolvimento em quatro assassinatos entre 1977 e 1979.

Prisão – O italiano foi flagrado na fronteira com a Bolívia carregando R$ 10 mil em espécie, US$ 5 mil (o equivalente na cotação atual a R$ 15,6 mil) e 2 mil euros (cerca R$ 7,3 mil). Ele estava em um táxi boliviano com outros dois passageiros.

A grande quantia em dinheiro chamou a atenção da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Depois do flagrante, o refugiado ficou preso na delegacia de Polícia Federal de Corumbá. No dia 5 de outubro, durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, teve a prisão preventiva decretada por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O TRF3 concedeu habeas corpus a Battisti, sob a condição de que ele fosse monitorado. O italiano conseguiu refúgio no Brasil depois de ter sido condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo.


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