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Operação completa 1 mês e preso que ficou fora de denúncia ganha liberdade

No dia 27 de setembro de 2019, uma das 23 ordens de prisão levou Rudney Machado Medeiros, chamado de “Mortadela”, para a cadeia

Anahi Zurutuza | 27/10/2019 15:44
Operação completa 1 mês e preso que ficou fora de denúncia ganha liberdade
Chegada de presos da Operação Omertà ao Centro de Triagem Anízio Teixeira, no Complexo Penal de Campo Grande, um dos locais para onde os alvos foram levados (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

O dia 27 de setembro de 2019 amanheceu com agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), Garras (Delegacia de Repressão a Roubos à Bancos, Assaltos e Sequestros) e militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do Batalhão de Choque nas ruas de Campo Grande para cumprir 23 ordens de prisão. Um dos mandados levou o comerciante Rudney Machado Medeiros, conhecido como “Mortadela”, 37 anos, para a cadeia.

Hoje, exatamente um mês depois, ele foi solto, o único alvo da Operação Omertà que ganhou a liberdade até agora. Rudney não foi denunciado pela força-tarefa que acusa Jamil Name, o filho dele, Jamilzinho, e outras 19 pessoas por organização criminosa armada, formação de milícia privada, corrupção ativa de servidores públicos, tráfico de armas e extorsão.

O advogado dele, Arlei de Freitas, explica que contra o cliente, havia mandado de prisão temporária (30 dias), que não foi convertido em preventiva (por tempo indeterminado), e por isso, ele foi solto. “Nem foi preciso pedido de habeas corpus”.

Segundo a investigação, Rudney faria parte de um dos quatro núcleos estruturados pela quadrilha, o de apoio. Ele seria o responsável por levantar os endereços dos alvos da milícia. Mas, como nas buscas não foram localizadas evidências robustas sobre a participação do investigado, ele ficou de fora da denúncia feita pelo Gaeco à Justiça.

Dos 23 alvos da Omertà no dia 27 do mês passado, também o advogado Alexandre Franzoloso está em liberdade. Ele chegou a ter prisão provisória decretada, mas conseguiu reverter com liminar do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), atendendo a pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O mérito do habeas corpus foi julgado na terça passada e confirmou a decisão favorável a Franzoloso.

O advogado não escapou, porém, de ser denunciado por obstrução de justiça, sob acusação de tentar impedir a colaboração do ex-guarda civil municipal Marcelo Rios na investigação.

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