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Capital

Usando tornozeleira, Fahd Jamil deixa sede do Garras depois de 51 dias preso

Fahd Jamil será monitorado 24h por meio de tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar

Adriano Fernandes e Ana Beatriz Rodrigues | 09/06/2021 20:32
Jaguar branco no qual Fahd Jamil deixou a prisão. (Foto: Paulo Francis) 
Jaguar branco no qual Fahd Jamil deixou a prisão. (Foto: Paulo Francis)

Depois de 51 dias atrás das grades, Fahd Jamil está em liberdade. O "rei da fronteira" deixou a carceragem do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) em um Jaguar branco, por volta das 20h desta quarta-feira (09), para cumprir prisão domiciliar em um apartamento da Capital. Um outro veículo SUV teve de ser utilizado para transportar colchão, roupas, cobertas, dentre outros itens pessoais usados na "estadia" atrás das grades.

Veículo usado para transportar ítens pessoais do "rei da fronteira". (Foto: Paulo Francis)
Veículo usado para transportar ítens pessoais do "rei da fronteira". (Foto: Paulo Francis)

O homem que já foi considerado o grande chefe do crime organizado no Estado, agora é monitorado 24h por meio de tornozeleira eletrônica, entregou passaporte à polícia e está proibido de deixar a cidade, sem autorização da justiça. Ele também não poderá receber visitas que não sejam autorizadas.

Aos 79 anos, Jamil ganhou liberdade, depois que perícia médica indicou que ele não tem condições de saúde para ficar preso, principalmente por causa de problemas respiratórios crônicos. O benefício foi concedido pelo juiz Roberto Ferreira Filho, titular da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, sob a condição do pagamento de 900 salários mínimos, equivalente a R$ 950 mil.

Omertá - “Fuad” teve a prisão decretada a pedido do Gaeco em junho do ano passado, no âmbito das investigações da operação Omertá, mas ele só foi preso quase um ano depois, em 19 de abril, quando se entregou no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). A força-tarefa o acusa de chefiar organização criminosa na fronteira entre Brasil e Paraguai responsável por crimes de tráfico de armas, homicídios, corrupção de agentes públicos de segurança, obstrução de justiça, entre outros.


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