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Capital

Defesa de Rios põe acusação em xeque e diz que ela se baseia em "presunções"

Advogado diz que para se fazer justiça pela morte de Matheus, há necessidade da verdade

Lucia Morel, Silvia Frias e Ana Beatriz Rodrigues | 19/07/2023 16:09

Nas alegações da defesa de Marcelo Rios, acusado de intermediar acesso à arma e ao veículo usados na morte de Matheus Coutinho Xavier, o advogado Márcio Widal afirmou que as acusações do Ministério Público são baseadas em presunções e que para se fazer justiça pela morte de Matheus, há necessidade da verdade. “Absolvam Marcelo Rios”, rogou.

“Matheus merece a verdade, não merece a presunção, e não há verdade longe das provas”, ressaltou no começo de sua fala. Citou que não há dados telefônicos, telemáticos ou de testemunhas que liguem Marcelo Rios a um dos acusados da execução - José Moreira Freire, o “Zezinho” - e que o fato de ele conhecer o outro pistoleiro, Juanil Miranda, que respondeu pela morte do ex-delegado Paulo Magalhães, não o liga a crimes que este tenha cometido.

“Qual o dado de e-mail, de testemunha, que ele tenha escolhido Juanil, que ele direcionou esse crime horrendo? Não posso provar se não há prova de que ele o fez. Presume-se então que tudo que Juanil fez, Marcelo também participou?”, indaga.

Widal faz essas mesmas ponderações em relação à perícia no armamento encontrado na casa de armas do bairro Monte Líbano e os projéteis retirados do corpo de Matheus. “O arsenal do Monte Líbano é horrível e ele já pagou por isso. Está pagando. Foi condenado, confessou. Mas não posso presumir que a arma usada no crime esteve nesse arsenal”, sustenta.

Widal aponta para Rios e diz que ele já está pagando por crimes que cometeu. (Foto: Henrique Kawaminami)
Widal aponta para Rios e diz que ele já está pagando por crimes que cometeu. (Foto: Henrique Kawaminami)

O advogado lembra ainda que laudo da Polícia Federal descartou que fuzil encontrado no imóvel era o mesmo usado na morte de Matheus. “Os projéteis (que mataram Matheus) não saíram da arma de Rios. Presumir isso com o argumento de que ele descartou a arma sem nem saber se descartou, onde descartou, são apenas presunções”.

Conforme Widal, Marcelo Rios trabalhou na casa dos Name e “isso não é questionado”, mas afirmou que havia uma vinculação lícita entre ele e a família, e não ilícita. Também afirmou que vídeo apresentado pela acusação em que o ex-guarda municipal aparece espancando uma pessoa, “não é de se orgulhar”, mas que tal fato não tem qualquer relação com o caso que está sendo julgado, que é a morte de Matheus Coutinho Xavier.

Segundo ele, as imagens foram passadas “sem contextualizar com a morte de Matheus. Não há conexão lógica”, defendeu. Citou ainda que a esposa de Marcelo, Eliane Benitez Batalha dos Santos, mudou sua versão dos fatos porque quando fez relatos à polícia, o fez sob coação e tortura psicológica, porque tinha medo de ficar longe dos filhos. O júri deve terminar ainda hoje, após as 21 horas.

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