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Capital

Em 1ª atuação, mãe de Matheus pergunta sobre fazendas que incitaram vingança

Testemunha da defesa, advogado Silvano Gomes Oliva trabalhou para a família Name entre 2014 e 2017

Lucia Morel e Aline dos Santos | 18/07/2023 11:21
Cristiane de Almeida Coutinho fazendo pergunta a uma testemunha da defesa de Name (Foto: Henrique Kawaminami)
Cristiane de Almeida Coutinho fazendo pergunta a uma testemunha da defesa de Name (Foto: Henrique Kawaminami)

Em sua primeira participação efetiva no júri, a advogada Cristiane de Almeida Coutinho, mãe de Matheus Coutinho Xavier, cujo assassinato desencadeou o atual júri da década, ela questionou o advogado Silvano Gomes Oliva, que trabalhou para a família Name entre 2014 e 2017, sobre a análise de documentações de fazendas.

A ligação é relacionada porque após atuar com os Name, Silvano teria tido como cliente o advogado paulista Antônio Augusto de Souza Coelho, que fez o “desembaraço” da Fazenda Figueira, que na década de 2000, pertenceu à Associação das Famílias pela Unificação da Paz Mundial, seita do coreano Reverendo Moon. Mais tarde, Antônio Augusto foi acusado de golpe milionário à seita.

O pai de Matheus Coutinho, o policial militar reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier, teria traído Jamil Name e sua família indo trabalhar com Antônio Augusto. Este, por sua vez, permutou com Jamil Name, “o Velho”, a Figueira com a Fazenda Invernadinha, em Campo Grande. Atualmente, a Fazenda Figueira pertence à Agropecuária Confiança, empresa em nome de Jamil Name Filho.

Foi justamente sobre essas duas propriedades que Cristiane perguntou. Primeiro, ela questionou se Silvano analisou documentos de propriedades rurais e ele disse que a primeira foi em Aquidauana, perto do Redondo, e em seguida citou as fazendas 20 de Julho e Santa Terezinha.

Ela então perguntou especificamente sobre a Figueira e a Invernadinha, que seriam o pano de fundo da vingança dos Name conta Paulo Xavier. Para essa pergunta, o advogado Silvano disse que não poderia se manifestar, porque envolve o nome de seu cliente que não faz parte do processo em questão, que é Antônio Augusto.

Pela acusação do réu Jamil Name Filho, a promotoria questionou sobre a presença de segurança na casa dos Name, ao que Silvano respondeu que “vi segurança, mas nada com arma ostensiva”.

Defesa - Silvano Gomes Oliva é testemunha de defesa arrolada pelo réu Jamil Name Filho. Ele foi primeiramente questionado pelo advogado de Name, Néfi Cordeiro, sobre sua atuação no Direito, ao que ele respondeu que trabalhou na área cível, na área de compra de fazendas e precatório.

Também respondeu sobre seu relacionamento com Paulo Xavier e disse que teve contato com ele apenas umas quatro ou cinco vezes “antes dessa tragédia”, citando o assassinato de Matheus. Comentou também que Xavier foi uma vez em seu escritório, “choroso e sentido”, mas destacou que eles não tinham intimidade.

A sessão de julgamento foi suspensa temporariamente à espera das testemunhas do policial civil Vladenilson Daniel Olmedo.

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