Defesa tenta anular júri alegando acesso de testemunhas à transmissões ao vivo
O advogado Nefi Cordeiro, de Name Filho, levantou "questão de ordem" sobre possibilidade de impugnação
Nesta tarde, o retorno do julgamento de Jamil Name Filho e outros réus que também respondem pela morte de Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, teve questão de ordem levantada pela defesa, alertando sobre a possibilidade de nulidade do julgamento, alegando que a transmissões ao vivo, feitas pela imprensa, comprometem a lisura do júri pela quebra incomunicabilidade das testemunhas arroladas.
O advogado Nefi Cordeiro, que representa Jamil Name Filho e que foi ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), foi quem falou da nulidade do júri.
O Ministério Público, pelo promotor Moisés Casarotto, afirmou que a testemunha que será ouvida na sequência, o delegado Tiago Macedo dos Santos, não teve acesso ao “ao vivo” e nenhuma das outras previstas para esta tarde.
O promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos enfatizou que todo o julgamento referente ao caso da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, foi transmitido, e nem por isso houve nulidade.
O juiz Aluízio Pereira dos Santos determinou então o total impedimento de "lives" do julgamento por qualquer órgão de imprensa. “Hoje, com a tecnologia significa maior publicidade. Essa questão, artigo que trata, tem de ser visto como questão relativa. Eu não teria como trazer todas as testemunhas pra esse plenário pra ficarem isoladas aqui por vários dias. Não há como hoje adotar tanto rigor com o CPP (Código do Processo Penal). Aqui nesse momento essa preservação está sendo feita. Não autorizo a transmissão”, determinou.