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Cidades

Servidora investigada "entrega" mais 4 e tenta acordo de delação, diz advogado

São nomes de servidores e empresários que estariam envolvidos no esquema que fraudava licitações

Por Lucia Morel e Gennifer Valeriano | 09/04/2024 16:42
Advogado de Ana Claúdia, David Moura de Olindo, em frente ao Gaeco. (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Advogado de Ana Claúdia, David Moura de Olindo, em frente ao Gaeco. (Foto: Osmar Daniel Veiga)

Em interrogatório nesta tarde desta terça-feira (9), no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no Parque dos Poderes, a ex-pregoeira e servidora de Sidrolândia, Ana Cláudia Alves Flores, revelou o nome de mais quatro envolvidos no esquema de fraude de licitações da cidade vizinha para tentar acordo de delação premiada. A informação é do advogado dela, David Moura de Olindo.

Operação Tromper, cuja terceira fase foi realizada na semana passada, em 3 de abril, investiga fraudes em diversas licitações de Sidrolândia e conluio entre empresas reais e de fachada. Pelos dados já divulgados até agora, Ana era sócia do empresário Ricardo José Alves Rocamora em empresa criada apenas para dar aparência de concorrência em licitações, a Do Carmo, formalizada em nome da mãe de outra servidora do município.

No interrogatório, ela informou quatro novos nomes de servidores e empresários que estariam envolvidos no esquema que fraudava licitações, segundo o advogado.

Ana Cláudia Alves Flores, uma das presas na terceira fase da Trompers, deixando a Delegacia de Sidrolência para ser levada a presídio (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Ana Cláudia Alves Flores, uma das presas na terceira fase da Trompers, deixando a Delegacia de Sidrolência para ser levada a presídio (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

David Olindo afirmou que o depoimento de sua cliente “vai dar outro viés à investigação”, já que ela levou fatos novos ao Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).  “Ela fez algumas declarações diferentes das que estavam no bojo do processo investigatório, mas não posso passar detalhes, já que fazem parte do acordo com o MP. Não vou me adiantar em nada”, disse.

Olindo disse ainda que a cliente assumiu o que deve, assumiu a culpa e contou com clareza tudo que ocorreu. “O primeiro pedido e mais importante é o de responder o processo em liberdade. Ela cuida do filho de 6 anos, dos pais que são idosos. Ela é que provê o sustento da família”, disse.

Para ele, Ana Cláudia “deve”, mas está disposta a explicar tudo. O advogado ainda defende que a cliente não obteve vantagens financeiras no esquema, porque “qualquer um que faz isso começa a esbanjar e só a gente olhar a casa dela, onde mora, pra ver que ela não fez isso”, comentou.

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